poesia

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Poesia
Nascer foi surpreendente
De repente ver a crueza das coisas
Reconhecer-se nelas sem DNA
Saber que a diferença é mínima
Pequeno acaso universal
O que mudou foi o olhar.
Amar foi impressionante
As mesmas pessoas como se fossem outras
Todas as coisas como se fossem uma
Valorizar uma atitude
Mesmo que com ela sofra.
Chorar foi conseqüência
E doeu menos que o engasgo
Era um dia de sol,
Mas à tarde choveu muito
A noite fez frio
E dividimos o cobertor.
Crescer foi desaforo!
Tínhamos ainda outros planos
De um poste ao outro
Equilibristas em fio de alta tensão.
A imprudência nos deixou
Éramos agora loucos
Que atingiram a maturidade
E daí se tornaram artistas
Brincando de ser outros
Enquanto buscam por si mesmos.

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